segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Por um mundo melhor

Há algum tempo estou querendo compartilhar num blog meus pensamentos nada normais. Algumas pessoas me chamam de maluquinha ou não entendem onde exatamente quero chegar com meus devaneios. Então chegou a hora de dar férias (mais do que merecidas) às minhas confidentes fiéis e botar na roda os dilemas de Fernandinha.

Para começar, acho que vale pegar um gancho no factual. O momento é totalmente “dia de Rock bebê”. Só se fala em Rock in Rio e esse post é dedicado aos facebookmaníacos que convivem com uma vontade incontrolável de comentar cada performance, repertório, troca de figurino, jogo de luzes, reação do público, que rola no festival.

Até onde eu sei, todo mundo hoje em dia tem TV a cabo e pode perfeitamente acompanhar cada detalhe no Multishow. Mas eles não se agüentam... Como vou controlar minha indignação em ver a Claudia Leite tocando Led Zeppelin e não compartilhar com meus amiguinhos de facebook? Como não vou mostrar para eles que eu gosto sim de Metallica e que conhecia todas as músicas do Slipknot? Afinal, sou um cara antenado, não sigo modinha nenhuma, tenho que mostrar o quanto sou descolado e original. Meus 500 “amigos” precisam saber disso!

E Rock in Rio também é moda, bebê! Para quem tinha alguma dúvida de que as caveiras viraram símbolo de que você está “totally in”, veja as roupitchas das celebs que foram ao evento. Parecia recreio de colégio, todos uniformizados. Jaqueta e calça de couro, camisa com caveiras, bota, calça jeans rasgada e tudo mais clichê que você possa imaginar. Da noite para o dia, todos os globetes viraram roqueiros de nascença e cataram no armário tudo que podiam para mostrar seu lado rock’n roll.

Eu mesma quase caí nessa armadilha. Eu não sou nada roqueira e muito menos fã desse estilo de se vestir, mas por uma força inconsciente que a lua parecia reger sobre todas as pessoas que iam ao Rock in Rio, comecei a escolher roupas com um quê de metaleira para ir no dia 29. Não deu outra. Tudo que eu vestia, meu namorado falava: “vai com essa roupa! Está super rock’n roll!”. E cada vez que ele falava isso, o meu senso do ridículo soltava um alerta para mim. Até que na última tentativa de escolha da roupa, a ficha finalmente caiu! Eu estava sendo abduzida pelo feitiço criado pelo Roberto Medina de fazer todo mundo querer parecer rock’n roll. Mas a hipnose passou rápido. Coloquei uma simples e velha calça jeans e a camisa mais fofa que eu tenho com os dizeres que sim, eu acredito e sim, tem tudo a ver comigo: Salve os pandas!

Rock in rio: por um mundo melhor, sem caveiras e com muitos ursinhos!


Não sou rock'n roll! Só quero pandas e paz e amor!