segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tchau, Pedro Bial!

Teve uma época em que eu me emocionava com a letra da música "Filtro Solar" narrada pelo Pedro Bial. Lembra disso? Admita que a batida era boa e a mulher que cantava o refrão tinha um vozeirão digno de qualquer negona de New Orleans. A letra realmente não era ruim. Ele dizia muitas verdades ali. Mas convenhamos, aquilo era muito brega. E mesmo assim, eu ouvia, suspirava, sorria sozinha, refletia e no fim, ia direto no botão de repeat. One more time please! Era uma incansável fã de "Filtro Solar". Vê se pode?

Ta certo que era uma boa interpretação e a voz charmosa com aquele tom de sabedoria que só o rei do Big Brother sabe fazer, me pegava de jeito. Em 3 ou 4 minutos de música, eu me perdia naquelas palavras e recarregava as forças para não me preocupar mais com o futuro porque afinal "pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para resolver uma equação de álgebra".

Só que com o tempo, inevitavelmente esse papinho mole e edificante foi me enchendo o saco. Demorou mas percebi que aquilo tudo era ladainha só para te iludir que a vida é muito boa e que você pode torná-la ainda melhor se usar o bendito filtro solar. Me poupe né! Literalmente propaganda enganosa!

Ele falava sem a menor vergonha que nós não deveríamos nos sentir culpados por não saber aos 22 o que fazer da vida! E emendava com o absurdo de que os quarentões "mais interessantes" que ele, o grande sábio Pedro Bial, conhece não sabem até hoje. E confesso, isso me confortava de tal forma que me fez aceitar por um tempo e achar super normal eu não saber o que fazer da vida. Tudo bem que uma propaganda fajuta de filtro solar não deveria me influenciar tanto assim, mas ao falar nisso, ele tocou no maior ponto franco de todos os tempos da minha geração.

Não sabe sua vocação aos 22 ou aos 40? E você não vai se culpar? Se nem você se conhece, a quem então vai culpar? Pedro Bial, me desculpe mas isso é papo de anos de terapia para muita gente que eu conheço e se eu não me culpar, significa que não estou assumindo a minha própria responsabilidade. Definir o que eu quero ser na vida é total e única responsabilidade de cada um de nós. Os quarentões tão interessantes com certeza também são muito frustrados.

Depois desse verdadeiro balde de água fria, ainda me lembrei que não uso filtro solar e que não gostava do Pedro Bial. Foi uma auto-decepção intragável. E sinceramente... nada mais normal e gostoso do que mascar chiclete diante de uma situação difícil. Então, educadamente peço: cala a boca, Pedro Bial!

Bonitão, charmosão, inteligente, jornalista e tricolor como eu. Tinha tudo para ser meu ídolo, mas se vendeu para a mesmice do Big Brother e de propagandas fuleiras. Não caia nessa lábia!


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Você sabe quem te ama de verdade?

A gente se entende, se completa, se agarra, se beija, briga, se desculpa, dorme de conchinha, brinca, se abraça, divide guloseimas, sente saudade, se ouve, se ajuda, compartilha tristezas, se implica, se irrita, se cansa, se faz carinho, se admira, se ama. Não, não estou falando do namorado, nem da melhor amiga, muito menos de família. O principal personagem da minha vida é meu filho, meu cachorro, é o Rambo.

Nunca entendi muito bem esse amor que as pessoas cultivam por um animal de estimação, até que conheci o Rambo. Não é um simples amor, é incondicional. É mãe e filho mesmo, na teoria e na prática.

O nome que de cara parece se tratar de um bichinho assustador, é apenas uma brincadeira mas que define perfeitamente a mistura de tamanha doçura com o gênio travesso, espivitado, a autenticidade, a personalidade.

O latido é grosso, grave a alto e o carinho é profundo, intenso, verdadeiro. O olhar diz tudo. Quanta expressão tem esse cachorrinho... Dizem que parece gente. Eu já acho que ele se esforça para nos imitar só para se sentir igual e não apenas um simples cão. Sim, eu sei que ele é um animal, mas o amor que ele sente é muito maior e sincero do que de muita gente por aí.

Se o mundo fosse só de cachorros, a luta de John Lennon e sua mulher Kyoko pela paz e o amor não teria mais porquê. Perderia toda sua importância porque a vida seria genuinamente pacífica e acima de tudo, muito divertida.

Se você tem um companheiro como esse, sem dúvida entende bem o que estou falando. E para os que acham que cachorro deve ser tratado como tal, me desculpe mas você não sabe o que está perdendo. É a maior experiência de troca e entrega repleta do mais puro amor. Como diria John Lennon, "all you need is love".

Essa é uma homenagem não só ao meu Rambo, como a vários outros bichinhos que nos amam sem limite, sem parâmetro, sem preço, sem preconceitos. Apenas com você e para sempre.

Em sentido horário, eu e meu protagonista mais famoso Rambo; o namorado Bruno com o golden mais fofo do Leblon, o urso Billy; Fê e o grande mimo da família Szoor, o Scooby; os filhotes mais que lindos da Carol; Nathália e o sapequinha Che Guevara; Maria Clara com seu dono Juca; e para fechar,  Mary e a preta mais charmosa e metida do Rio, Joaquina.



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Fica a dica

Tem umas modas que pegam que eu juro que não entendo. Já viu esse lance de usar óculos de grau bem grandão tipo Bill Gates? Agora é estiloso parecer nerd? Inventaram até nome pra isso: não é nerd, é "geek". Aaaaaahhh, agora sim! Eu mereço? Se bobear, algumas pessoas nem precisam de óculos. Aposto que devem usar a lente sem grau mesmo só para fazer o estilo "olha como sou linda até vestida de nerd".


Carolina Dieckmann a la Bill Gates. Sem comentários...

E essa mania de colar na traseira do carro um adesivo com vários bonequinhos de mãos dadas? No meu leigo entender, acho que a ideia é simbolizar a família do motorista. Então se você é casado, tem um filho e um animal de estimação, lá está um casal, uma criança e um cachorrinho estampados no carro. E não importa se sua família é imensa porque tem adesivo para todos os tamanhos, seja com dez filhos ou doze gatos. Agora me diz: pra quê??? Poxa que legal deve ser o motorista de trás saber como é a minha família! E se eu for orfã, encalhada, sofrer bullying entre os "amigos" e detestar animais? Tenho que colar um boneco solitário no meu carro?

Atestado de brega!
No facebook tem um monte de modismos né. Mas tem um que especialmente me irrita. O indivíduo escreve blabblablablabla #ficaadica. Que diabo fica a dica??! Na boa, isso é muito chato! Já ouvi falar que é um linguajar originário do twitter e confesso que não entendo nada disso, porque twitter não tem a menor relevância na minha vida. Mas qual a graça de levar isso para o facebook? E repare que tem que ter o jogo da velha antes e escrever todas as palavras juntinhas. As pessoas resolvem compartilhar algum conselho (que em geral é idiota) e depois replica essa mongolisse no fim da frase. Será que isso é para parecer que ele é muito "in" no mundo das redes sociais? Super cyber, meio estilo "O Globo de ser" (on time, on line, full time)?

E a moda dos aplicativos de iPhone que virou uma verdadeira saga! Primeiro eram as fotos do Hipstamatic. Você escolhia a lente, mudava a luz e fazia alguns efeitos mequetrefes, depois era só postar no facebook o álbum "My Hipstamatic Photos". Que perda de tempo... Agora o xodó do momento é o instagram, outro aplicativo de foto cheio de frufrus. Também permite postar uma imagem no seu mural e sair com a assinatura da instagram. Noooooossa, que máximo!!!

Saindo um pouco do mundo virtual, quando puder repare na nova onda do momento nas academias de ginástica. Não é mais tênis de mola e nem aqueles ultra coloridos que desfilam pela sala de musculação. O legal agora é usar meias até o joelho. Pode ser branca, preta, não importa. Todas as meninas esticam aquela meleca o máximo possível e ficam todas iguais parecendo jogadoras de futebol prontas para entrar em campo. Já vi até amigas minhas mesmo usando... Não comentei nada, mas por dentro estava escangalhando de rir.

Meião barangão
Esse post pode ter um feedback positivo para mim e para todos que compartilham as minhas indignações. Pelo menos, não preciso mais falar na cara de uma amiga o quão brega é o adesivo dos bonequinhos e o quão horroroso é o tal meião da malhação. Portanto, #ficaadica!


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Meus NÃOS

Não quero saber dos pobrinhos da África, muito menos da pirataria de animais em extinção.
Estou me lixando pra careca do Lula e para a pacificação na favela da Maré.
Não gosto do Cirque du Soleil e nem das piadinhas do Bruno Mazzeo.
Não quero ter um iPad e nem perder tempo com playlists.
Detesto o Luciano Huck, Zeca Camargo e a incrivelmente mala Sandra Annenberg.
Sou contra delivery de farmácia e pagamento de 10% em restaurantes.
Tinha pavor de Os Trapalhões e preferia a Angélica à Xuxa.
Abomino Milton Nascimento, Maria Rita e Ana Carolina.
Tenho medo de palhaço e tinha enxaqueca com a Escolinha do Professor Raimundo.
Tenho nojo de frutas e de cabelo molhado.
Não suporto pessoas muito felizes e professores de academia.
Nunca fui fã de lego e não jogo baralho.

Não se indigne com as minhas palavras. Todo mundo tem suas excentricidades. Se não fossem as coisas chatas e detestáveis, a vida não seria essa grande aventura que temos que enfrentar todos os dias. E dizem que mudar de opinião é uma grande sabedoria. Então, pense naquelas coisas que você quer distância e que nunca verbalizou antes, como eu acabei de fazer, por parecerem "absurdas" à grande maioria das pessoas. Agora prepare-se para abrir a mente e perceber o lado bom do Milton Nascimento, Luciano Huck ou outros ídolos populares que você tanto detesta. Eu sei... Em alguns casos não tem negociação. O importante é entender que nada é taxativo e que mudar o ponto de vista faz parte do crescimento pessoal. Quem sabe um dia meus nãos virarão sims... Será?

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tortura anti-spam



Sabe essas letrinhas e algarismos irritantes que obrigam você a decifrá-los para conseguir entrar no seu e-mail, se cadastrar em algum site ou fazer algum download? Não sei quanto a você, mas isso me tira do sério!

Entendo que os sites queiram fazer de tudo para impedir a entrada de spam e hackers, mas essa ânsia de descobrir se você é um robô ou não atingiu tal ponto que chega a testar nossa paciência até muito além do limite de qualquer buda ou hippie zen. Sinceramente, às vezes penso que só pode ser de sacanagem.

Precisa misturar maiúsculas com minúsculas e exigir que você se lembre de ficar apertando o capslock um zilhão de vezes? Precisa misturar o número zero com a letra "o" ou o nove com o "g"? E quando eles grudam  a letra "l" com o "i" em maiúsculo e o número 1 numa tacada só? Aí já é demais né! E não para por aí não! Também tem aquela pegadinha de colocar uma letra em cima da outra tipo imagem em 3D sabe? Mas não fique zonzo, porque é isso que eles querem!

Numa boa, se nem os seres humanos conseguem identificar direito o que está escrito nessas malditas imagens, imagina os robôs? Juro que acho que deve ter alguém ali por trás se divertindo com isso tudo. Vê se não funciona exatamente assim: eles mandam uma palavra complicadinha, aí você erra. Mas para seguir adiante no seu login, eles te dão mais uma chance. Dessa vez, uma quase impossível, repare que chega a estar até embaçada. Mas não se irrite, você consegue! Puuuutz, errou de novo! O sacana lá do site deve estar em êxtase!

Ok, mais uma tentativa. Agora então é hora de mandar aquele borrão beeeem no capricho. As letrinhas são tão distorcidas que de tanto franzir sua testa para tentar enxergar alguma coisa, você chega a ficar com dor de cabeça. Não acertou??? Desista! Se você não conseguiu decifrar nenhuma imagem significa apenas que você não passa de um simples ser humano que a essa altura está arrancando os cabelos e dando porrada no mouse para dar um atualizar pela milésima vez na página e conseguir entrar finalmente na bosta do email.

Portanto, nota mental: antes de se cadastrar em algum site ou esquecer a senha do seu e-mail ou facebook, é melhor pensar bem se o seu humor do dia está disponível para suportar a tortura de decifrar o indecifrável.     

                 


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Michael Moore para presidente!


Ele é irônico, sarcástico, inteligente, observador, polêmico e sem dúvida, muito corajoso. Michael Moore mais uma vez surpreendeu e me fascinou com o filme "Capitalismo: Uma História de Amor". Se você não viu, faça um bem a si mesmo: veja! A cada filme dele que assisto fico mais inspirada a buscar entender a verdadeira face dos fatos e não me deixar mais ser levada pela persuasão da mídia. Ele me faz enxergar nossa tendência estúpida a nos submeter como fantoches aos interesses do governo.  Como jornalista, não seria adequado da minha parte ir contra a imprensa, mas questionar as informações que recebemos todos os dias é saudável e acima de tudo, necessário.

Eu já tinha uma noção de que a crise norte-americana fez realmente desaparecer a classe média, dividindo o país entre aqueles muito ricos e os muito pobres. Minha mãe morou na Califórnia por muitos anos e o marido dela está lá até hoje sobrevivendo ao caos instalado pela Era Bush. Eles e os amigos representavam bem o que era a extinta classe média americana. Viajavam todo ano, tinham carros, casas bem decoradas, bons empregos, bastante tempo livre para descanso e entretenimento. Inclusive, muitos deles, até mesmo meu padrasto, podiam viver perfeitamente apenas de música. Shows de jazz tocando com amigos nos mais diversos restaurantes e festas incríveis da Califórina. Uma sintonia divertida que passava pelas comemorações na casa do grande Clint Eastwood até jantares ao som do mais sofisticado jazz e blues no Hotel Ritz de Monterey. Todos se divertiam, ganhavam muito bem e por isso, viviam a ilusão de que eram felizes.

Foi isso que vivi na Califórnia durante os anos de vida da minha mãe. Obama foi apenas uma luz no fim do túnel, um lapso de esperança, o povo tinha sede de mudança e acreditou. "Yes, we can!", gritavam todos juntos com o único homem que parecia ser capaz de mudar a lama em que o país se afundou.

No dia em que Obama foi eleito, eu estava lá. Fiquei tão emocionada com a reação ingênua e surpresa daquela multidão que se aglomerou nas ruas de Berkeley e San Francisco, que quase me senti uma americana nata. As esquinas que sempre ficavam desertas após às 18h, agora estavam cheias de jovens, idosos, crianças, casais pulando de alegria, soltando fogos, bebendo cerveja no meio da rua (o que é extremamente proíbido), tirando fotos e filmando para registrar um momento histórico daquele país. Eu participei, gritei e cantei, o que me parecia tão comum quanto a felicidade rotineira dos brasileiros nos blocos de carnaval. Provavelmente aquela era a primeira vez que aqueles americanos se aventuravam a ir para as ruas brincar e comemorar alguma coisa. Obama trouxe um momento de brasilidade para aquelas pessoas. Aquele movimento pelas ruas de todo o país, até mesmo em Nova York lá na outra costa, era vida, pulsação de alegria, era Brasil!

O discurso do Obama todos sabem, foi inesquecível. Eu que nunca vivi naquele país e sinceramente, mal me arriscava no inglês, pude compreender cada palavra, cada gesto daquele homem e pude chorar com os sábios dizeres da vitória que antes de ser dele, era do povo.

Mas o tempo passou, a esperança foi se esvaindo, a sujeira foi ficando mais preta e no fim das contas, após três anos de governo daquele que acreditamos ser o herói da nação, nada mudou. Aliás, mudou sim e muito! Desde então, meu padrasto conta nos dedos quantos trabalhos consegue num mês, os amigos todos perderam seus empregos, outros enfrentaram a falência de suas empresas, se mudaram para apartamentos mínimos, entraram em depressão, não conseguiram evitar que a crise atingisse até mesmo seus casamentos, se divorciaram e convivem a cada dia com a triste cena de lojas e restaurantes fechando e pessoas sendo despejadas de suas próprias casas.

Isso era o que eu já sabia. Só que Michael Moore me mostrou essa mesma realidade em outros estados bem diferentes e distantes da Califórnia. Não imaginava que a mesma cena se repetia em todo o país. Mas o filme não se restringe ao flagelo dos novos pobres e aí que está a grande sacada. Com muito conhecimento nos bastidores da política, Michael Moore escancara o outro lado da moeda: como essa crise foi uma verdadeira jogada do governo e de altos executivos de bancos e de grandes empresas para enriquecer ainda mais às custas do dinheiro público. O tal pacote de "resgate" aos bancos que "beiravam à falência" foi aprovado forçadamente pelo governo com o objetivo único e exclusivo de enriquecer ainda mais os banqueiros. Enquanto isso, milhares de pessoas perderam seus empregos, suas casas e até suas vidas. Essa é a grande e verdadeira depressão dos Estados Unidos.

Ao acabar de ver o filme, depois de Michael Moore conseguir fazer crescer em mim o sentimento de revolta e indignação contra o sistema selvagem do capitalismo, resolvi assistir ao filme brasileiro "Assalto ao Banco Central". Coincidências à parte, curiosamente tive vontade de aplaudir a ação dos ladrões que roubaram daquele que mais rouba da gente. Impostos altíssimos, dinheiro público desviado, multas e juros ofensivos, tudo isso é a realidade do capitalismo sujo aqui no nosso Brasil. Ficamos reféns e ainda temos fôlego para pular o carnaval ano após ano; multas após multas; assaltos após assaltos. Confesso que agora a ideia de roubar um banco não me parece tão absurda assim. O que me falta é coragem e claro, aptidão. Como diria Allan Poe, "mas afinal, o que é um assalto diante do que é um banco?".



 


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O valor do pessimismo

Tudo bem que além do lado positivo, sempre tento ver também um outro ângulo das coisas (talvez um pouco negativo), mas se você quer sobreviver nesse mundo louco essa é uma boa alternativa para não se frustrar.

Frustração é um verdadeiro estorvo que está diretamente ligado ao sentimento de esperança. Quem pensa que ter esperança é algo bom está muito enganado.

Se você parar pra pensar, perceberá que o verbo "esperar" por si só já tem uma conotação péssima. Quem gosta de esperar? Nossa, que divertido é ficar numa fila de banco esperando sua vez ou conviver com pessoas atrasildas (ok, eu sou uma delas) e sempre passar pela chatice de esperá-las muito além do horário marcado. Não, não é legal. Esperar é um saco! Então porque cargas d'água tem pessoas que querem ter esperança na vida? Você quer realmente ficar esperando algo acontecer? E se não acontecer? Aí que vem a tal frustração. Isso significa que você ficará triste, desmotivado e sem mais a tal maldita esperança. E é exatamente nesse momento que você se levanta! Porque? Sem esperança, tudo que vier é lucro. Aconteceu? Maravilha! Não aconteceu? Você é realista e já contava perfeitamente com isso. Vai superar muito mais fácil do que o cara inocentinho e esperançoso.

Não estou pregando o pessimismo, só acho que ter mais pé no chão e pensar realmente que algo pode não dar certo faria as pessoas menos frustradas.

Não é possível que você pegue todos os sinais verdes ou ache A VAGA em plena Visconde de Pirajá e não pense que alguma coisinha vai dar errado no seu dia? Gente, é um aviso! Assim como pegar todos os sinais fechados também é o destino te avisando que uma coisa legal pode te acontecer. Tenho várias provas disso na minha vida. A última vez que tudo, absolutamente tudo deu errado para mim num único dia, conheci o Bruno, o homem da minha vida!

Acredite nos sinais, pense em todas as possibilidades, mas não espere por nada. Os bons acontecimentos serão sempre uma surpesa.

Que ladainha! A única coisa que isso significa é que eu bebo mais do que você!


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

As melhores invenções do mundo

Algumas amigas tem mania de me chamar de pessimista e tenho ótimos contra-argumentos sobre isso, mas isso merece um outro post porque agora quero mostrar como também consigo enxergar coisas boas nesse mundo cão que vivemos. Pense bem...

- Raquete elétrica assassina de mosquito

O que seria de nós sem essa bela invenção? Spray repelente definitivamente não é o suficiente para mostrar todo nosso ódio contra os mosquitos. Eles são inconvenientes e sanguessugas e isso mais do que basta para proliferar em todos os seres humanos a ânsia assassina contra mosquitos. Todo mundo sabe o prazer que é eletrificar um mosquito até sua morte. Imagina fazer isso com vários ao mesmo tempo? Meu namorado contou um episódio sensacional de uma viagem no meio do nada em que foi se enfiar na mata com a tal raquete elétrica e saiu girando-a para todos os lados como se fosse um soldado com metralhadora na guerra. Ele promoveu um extermínio de mosquitos em questão de segundos. Palmas pra ele!

- Porta-cerveja de isopor (vulgo "camisinha")

Quem aprecia uma cervejinha sabe a delícia que é se deleitar na praia bebendo uma skol beeemmm gelada sem aquela pressa de beber rápido para não deixá-la esquentar no sol porque a proteção da camisinha de isopor a mantém exatamente no ponto por mais tempo. Os cervejeiros agradecem.




- Disque Birita

Já fizeram o Disk Skol mas não se sabe como, acabou não dando certo. Nunca entendi isso. Mas pouco depois vieram o Birita Delivery, Zíper e muitos outros na mesma linha. Acabou a bebida em casa ou na festinha? Está com preguiça de sair na chuva para comprar? Não tem mais nenhum boteco aberto? Ligue e peça a bebida que quiser! Simplesmente genial!






- Lugar marcado no cinema

Lembra quando só existia lugar marcado no teatro? Se o programa era cinema, nós todos éramos obrigados a sair de casa no mínimo 1 hora antes da sessão para conseguir entrar numa "pequena" fila, esperar liberarem a entrada e correr para pegar um lugar razoável naquelas salas pré-históricas que nem tinham sequer degraus entre as fileiras, era tudo no mesmo plano e as baixinhas como eu sofriam para conseguir ver o filme tendo que desviar dos cabeçudos da frente. Por isso, obrigada Cinemark, Kinoplex e afins.

- Puff

Quem inventou o puff com certeza era alguém tarado por conforto. Como ele pensou nisso? Aliás, como EU não pensei nisso? Não existe ver televisão no sofá sem esticar os pés aonde, aonde?? No puff! Tem gente que chega até a ficar viciada nessa incrível invenção e aonde vai tenta improvisar um puff, seja apoiando os pés numa mesa de centro ou na cadeira da frente. É até falta de educação, mas quem manda colocar mesa no lugar de puff? Depois dessa invenção, mesinhas de centro devem ser abolidas da civilização.

- Neosoro , Sorine...


Os alérgicos sem dúvida me entendem. Nada pior do que ficar com nariz entupido, escorrendo ou sei lá mais o que. É uma droga! Mas aí eis que surge o Sorine! Problema resolvido, pelo menos momentâneamente. Diga adeus ao nariz entupido!







- Burguer King

Eu sei, existe muita polêmica sobre qual dessas redes de fast food é a melhor. A rixa entre Mc Donald's e Burguer King vai durar muitos anos ainda. Portanto, é que nem política e religião. Não se discute. Mas cabe à mim alertar aos que amam sorvete, chocolate e doces em geral que de fato o sundae do Burguer King é o melhor do mundo. Não é do Bob's NÃO! Eu sei que o do Bob's tem o dobro de calda em comparação com o do Mc Donald's. Sei também que o chocolate é muito mais cremoso, mas não tem como negar: o sundae do Burguer King supera qualquer um! E se você não provou ainda essa divina invenção do Burger King, vá agora! Sim, isso é uma ordem. Todos merecem sentir o prazer de se deliciar com essa maravilha.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

As piores invenções do mundo (2)

Recebi algumas sugestões para complementar a lista de piores invenções do mundo. Impossível não concordar.

- Sensor de luz
Assim como o secador de mãos, essa invenção tem um propósito muito digno, evitar o desperdício de luz, mas acaba obrigando as pessoas a praticamente dançarem macarena no meio do nada para que a droga da luz não fique apagando. No banheiro, no hall de elevadores, não importa em que situação você esteja, se ficar mais de 2 segundos parado como qualquer pessoa normal, a luz vai apagar e conte com a sorte de ninguém vê-lo na situação constrangedora de ter que ficar balançando os braços para conseguir enxergar alguma coisa. Essa incrível invenção só permite que a luz fique acesa se você praticamente forjar um ataque epilético.



- Pilha
Pilha é um troço muito inconveniente. Dificilmente quando para de funcionar, você terá outra nova para recolocar. Além disso, quando a pilha acaba é bem difícil se livrar dela, afinal não se pode jogar pilhas no lixo comum, então ainda por cima você fica tendo que carregar aquela tralha (nunca é apenas uma, são sempre no mínimo duas) para algum lugar que tenha o tal lixo específico para pilhas.
Os principais alvos são os controles remotos. Acaba a pilha do controle da televisão e espertamente você troca com as pilhas do controle da net ou sky, depois esquece que trocou e só se lembra quando resolve mudar de canal e mais uma vez você é obrigado a trocar tudo de novo. Ainda por cima essas pragas têm o preço bem salgadinho.

- Filme 3D
Quer ficar tonto, enjoado ou no mínimo mareado? Assista a um filme em 3D. O óculos além de ser incômodo e horroroso, permite que você tenha facilmente a experiência de ficar com labirintite e não adianta tentar tirá-lo porque só com ele  você vai conseguir enxergar e entender alguma coisa do filme.



- Fone de ouvido
Não encaixa bem em nenhum ouvido. Ou fica apertado demais e machuca horrores ou não fica bem preso de jeito nenhum e acaba escorregando do ouvido no meio da corrida, é definitivamente um saco! Por que o tradicional fone de arco saiu de moda? Nem era tão feio assim...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

As piores invenções do mundo

Não estão em ordem de hierarquia, até porque fica difícil escolher qual é de fato a pior invenção de todas.

Se tiver mais alguma para complementar, mande para mim ou deixe um comentário. Afinal, essa lista é de total interesse público para todos poderem se proteger e ao menos tentar fugir dessas pragas.

1- Sites de compras coletivas

Este virou o maior spam dos últimos tempos. No início a ideia era até interessante, mas como as promoções eram bem melhores do que a parafernalha que oferecem hoje em dia e além disso, o prazo para o uso do desconto era de UM ano, o Rio de Janeiro inteiro corria loucamente para agendar horário e quando você tentava marcar aquela massagem super barata, só tinha hora para 2012. Isso sim eu chamo de fazer um "bom negócio"!

2- Secador de mãos com vento
Não sei se é assim que se define essa trolha, mas da onde tiraram a ideia de que aquele ventinho seca alguma mão? Tudo bem que o objetivo é bem válido (o não desperdício de papel), mas você pode ficar horas com as suas mãos coladas na boca daquele troço que não adianta. Repare que todo mundo sai do banheiro secando as mãos na própria roupa. Francamente...





- Hora do Brasil

Nada mais chato, mais chapa branca e interminável do que essa joça no meio da programação das rádios brasileiras. E ainda existe aquela expressão: "Ele não quer nada com a hora do Brasil", e alguém quer, cara pálida?


- Kombi
Tem a altura milimetricamente exata para você não conseguir enxergar nada do trânsito além dela. Ainda por cima são as primeiras a enguiçar principalmente em túneis, sem falar que andam em velocidade de carroça. Em colaboração à diminuição do stress dos motoristas, deveriam ser abolidas do tráfego nacional.



- Crocs




Quem usa essa merda? Tem coisa mais horrenda? Quer conforto, usa havaianas que pelo menos é muito mais bonito e ainda por cima é brasileira.





- Google Buzz

Foi um fracasso tão grande que até foi tirado do ar. Um dos maiores micos do Google. Para quem nem ousou experimentar e não sabe o que é, foi uma tentativa muito da mal feita de copiar o Twitter só que expondo os e-mails e quaisquer mensagens que você trocava com seus contatos do gmail. Com certeza causou muita confusão por aí entre casais, que enviavam emails escusos...





- Minidisc

Era o aparelho intermediário entre o CD Player e o iPod. Durou poquíssimo tempo no mercado, com vendas em queda livre depois da súbita entrada do iPod. Não era mais aquele trambolho do CD Player, mas era um trambolhinho que obrigava você a comprar mini cds e ficar gravando no computador com um cabo mala que sempre se perdia junto com outros fios.



- Ceveja sem álcool




Não tenho coragem e muito menos vontade de provar essa bizarrice, mas dizem que parace suco de cerveja. Que delícia heim!







- Calça saruel




Impossível alguém ficar bonito com isso. Uma moda inaceitável!








- Curves

Total enganação para aquelas sedentárias que pensam que estão malhando de verdade e realmente emagrecendo só para aliviar o peso na consciência. Sem falar no circuito de "aparelhos" ao som de gritinhos de incentivo das "professoras" que mais parecem animadoras de festa infantil.






- Pop-up



Os publicitários que me desculpem, mas não tem nada mais infernal do que isso.





- Canetas multifuncionais

Tem umas que têm gravador, outras que tremem como se fossem massageadoras, infinitas funcionalidades que na real não funcionam ou quebram facilmente. É que nem pato: nada, anda e voa, mais não faz nada direito.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Você no Google

Mais do que uma ferramenta de busca de empresas e informações de todos os tipos, o google também é um ótimo recurso para descobrir mais sobre você mesmo. Soube dessa tática com um amigo meu que é viciado em googar pessoas.

Interessado em algum gatinho (a)? Google nele! Além de coisas óbvias como o facebook do dito cujo, o perfil abandonado no orkut e o nome citado dentro da equipe no site da empresa onde o tal trabalha, é possível vasculhar mais fundo e achar informações curiosas como a inscrição no vestibular ou concurso que ele não passou e o lugar em que ficou colocado, com notas e tudo. Tem também artigos de monografias e aí você pode analisar se o cara é adepto do embromation ou se é realmente digno de inteligência. Podem aparecer ainda fotos em sites ou colunas sociais na internet, blogs que o cara escreve e você nem imagina, comentários em notícias da web, ou seja, uma verdadeira caixinha de surpresas que te conquista de cara ali mesmo, sem nunca ter trocado uma palavra com o alvo, ou uma decepção total que em segundos faz toda beleza e supostas qualidades escorrerem pelo ralo sem a menor chance de retorno.

Então, se você acha que está protegido apenas pela boa imagem que tenta passar no facebook, sorria! Você pode estar sendo googado!




quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A máfia dos combinados

Apenas um adendo ao meu post anterior. Já reparou que no cardápio de qualquer restaurante japonês nunca, mas nunca mesmo, tem um combinado que te sirva? Sempre tem peças de mais ou de menos, nunca é a quantidade ideal, independente do número de pessoas que vão comer. Além disso, os combos grandes incluem peças que sinceramente, NINGUÉM come. E geralmente você não pode nem substituí-las. Querendo ou não, as indesejáveis virão no seu barquinho e voltarão inteirinhas de novo para a cozinha. Já os combinados pequenos sofrem de outro problema: não têm variedade nenhuma. No máximo três opções de peixe e se dê por satisfeito. Sem falar naqueles que SÓ tem sashimi ou sushi. É como se alguém fosse num rodízio de churrascaria e comesse só coração de galinha. Existe alguém assim? É lógico que não! Tem toda uma esperteza por trás da máfia dos combinados. Funciona assim: os clientes pagam pelo combo todo e como nunca será o ideal, serão obrigados a pedir porções extras de todas as peças que de fato deveriam estar incluídas ali. Pronto, você foi enganado. Bon appetit!

Hipnose oriental, não tente fugir!

Ontem era um dia de literalmente suar a camisa. Passei o dia todo me sentindo supostamente saudável e sarada só porque contava com a ilusão de correr na areia da praia às nove da noite, depois de um dia inteiro de trabalho e mil tarefas pós-labuta. 

É claro que isso não aconteceu. Depois de tantos afazeres, lembrei da areia fria da praia, do vento inconveniente e gripal e da imensidão deserta porque convenhamos que só uns poucos loucos vão correr na areia a essa hora. Juro que se essa imagem cruel não me viesse à cabeça, eu enfrentaria todo meu cansaço e o corpinho gordo e pesado para lutar contra esse mal que tomou conta de mim: a gordura. Mas como toda pessoa cheinha, o primeiro pensamento que surge quando se tem a ideia de malhar é a dificuldade e os milhões de obstáculos que teria que superar para conseguir sair de fato do ideal para a prática.

Só que além de ter rapidamente descartado a possibilidade de me sacrificar em busca do corpo perfeito, uma tentação do mal baixou no meu corpo e não havia quem tirasse de mim: o desejo de japonês! Quem gosta sabe bem do que estou falando. Esse é o tipo de comida que não se come todo dia, por mais gostosa que seja simplesmente não combina almoçar e jantar diariamente sushis e sashimis. Definitivamente não é como arroz e feijão. Mas aí é que está a maldade da coisa, porque quando você menos espera (principalmente nos dias de dieta), bate uma vontade louca e insandecida de devorar aqueles peixinhos deliciosos imediatamente, sem eira nem beira, na hora, no laço e ai de quem tente me impedir.

Quando isso acontece, o olfato fica tão apurado que mesmo a quilômetros de distância do restaurante, você se torna capaz de sentir o cheirinho do molho shoyu. A saliva começa a fabricar espontanemente o gostinho do hot philadelfia se desmanchando na sua boca. E se o caso for muito grave, até alucinações de barcos repletos de sushis brotam na mente.

Pois foi exatamente o que me aconteceu ontem, logo na minha pretenciosa e ilusória noite da maromba. Para melhorar minha orgia alimentar, ainda tive a ousadia de ir a um restaurante com rodízio. É o passe livre para o vigilantes do peso, sem escalas, non stop.

Lição de vida: não tente lutar contra a hipnose do japonês. É impossível vencê-la. Fato provado e decretado.


Barquinho do mal!


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mala do ano

Xexéo deu a largada para a eleição da mala do ano. Fiquem atentos!

Acompanhe aqui e vote também no seu mala, ele merece esse prêmio!

Saudade sem fim

Saudade é um sentimento que me causa muita estranheza. Está numa linha muito tênue entre o bom e o ruim. Ela aperta o coração, mas também causa disparos, provoca aquele friozinho na barriga e faz doer em cólicas. É chorar e rir, pensar, sonhar e muito mais do que reviver lembranças, é o desejo inconveniente de tirá-las do passado e trazê-las direto para o presente. Tem algo mais contraditório? É um mix de sentimentos num bolo só, tão confuso que nem outras línguas conseguem traduzir.

Vinícius de Moraes, como eu já disse o homem dos meus sonhos, escreveu lindamente que saudade era tristeza, mas em sua poesia virou beleza. Ele via melancolia, enquanto outros consideram um suspiro de amor, uma lacuna que nos dá oxigênio para querer cada vez mais.

Ele escreveu a antológica canção mãe da Bossa Nova, "Chega de Saudade". Não suportava a distância porque o tirava a paz. Mas se não fosse a saudade será que o vontade de encontrar seria assim tão imensa e avassaladora? O tão sonhado encontro é a junção do fim da saudade com a sensação de desejo realizado. É o ápice das emoções de uma só vez, num único e poderoso tiro. E aí sim, como disse Vinícius, esté é o momento vivo que tanto esperamos para encher de beijinhos e carinhos sem ter fim.

Mas e quando esse encontro não pode nunca mais acontecer? É aí que sentimos a saudade sem fim e não adianta dizer "chega" como cantou Vinícius, porque essa não morre jamais. É tão incrível e versátil, que se transforma em um doce e gostoso sentimento. A eterna saudade é tão diferente da efêmera e diária, que de tão profunda parece intrínseca à alma. Nasce, cresce e se mantém infinita dentro de nós. O encontro físico não mais acontece, por um tempo o coração padece, mas a distância vai se dissipando, deixando de ser dor e por fim, as lembranças se triplicam em passado, presente e futuro. O tempo todo com você, para sempre e depois do sempre.

Saudade eterna


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Solteira sim, sozinha nunca!

Ficar solteira tem umas coisas engraçadas. Não sei como é com os homens, mas comigo algumas situações me venciam pelo cansaço. Quando se está solteira é impressionante como todas as amigas, conhecidas e até aquelas pessoas totalmente nada a ver acham que você está triste e abandonada, portanto precisa urgentemente de um namorado. É como se alguém não pudesse ser feliz sozinha. E a pressão é tanta que fica difícil não começar a acreditar que você realmente é uma encalhada.

Se você está solteira, acostume-se a escutar por aí que não é você que está encalhada, é o mercado que está difícil. O mundo é dos gays e das piriguetes e é só por isso que você ainda está sem namorado, afinal essa concorrência é muito desleal. Outra frase que sem dúvida ouve-se muito nesse período tão solitário é que você é linda sim e que tem vários caras aos seus pés, o problema é que a sua exigência está muito alta. Ou seja: o mercado já está uma bosta, as opções são raras e você ainda quer escolher? Cai na real ou ficará lisa para sempre!

Para minimizar essa terrível sensação de que ninguém te quer, nada melhor do que uma imensa e deliciosa barra de chocolate. Mas no próximo fim de semana vai ter festa e você tem que caber na micro-saia para tentar disputar com as piriguetes! Ou seja... nada de chocolate pra você! Além de encalhada, quer ficar gorda? Aí que não tem mais jeito mesmo, um caso perdido.

E quando finalmente, conhece aquele carinha gente boa, fofo, gatinho e inteligente, o desespero é tamanho que você agarra a oportunidade literalmente com unhas e dentes e pronto, assusta o pobre coitado. Ele desaparece sem mais nem menos e lá está você encalhada tudo de novo. Aliás esse é um ponto interessante: é engraçado como esses homens se assustam né?

A mulher é transparente, um poço de emoções, quer viver um amor louco e amigo, não tem medo do novo e muito menos de tentar ser feliz. Mas eles não... Quando percebem ali algum cheiro de possível namoro, um certo compromisso ou essa tal ânsia que nós mulheres temos de querer viver juntos e felizes para sempre, eles simplesmente se desmaterializam. Ficam com medo, assustados, só falta gritar pela mãe e se esconder embaixo da cama.

Mas é deles que gostamos, então só nos resta entrar no jogo. Sorriso no rosto, dieta, academia, micro vestido e manda ver naquele beijo desinteressado, frio e vazio. O seu suposto "desinteresse" desperta o interesse dele e assim, você vence a partida. De jogo em jogo, você pode até continuar solteira, mas sozinha não mais.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

É nos menores frascos...

Hoje é a comemoração de aniversário de uma das minhas melhores amigas de toda a adolescência. Você deve estar se perguntando o que tem demais nisso, né? Tem tudo porque ela simplesmente é a prova de que nos menores frascos realmente estão os melhores perfumes. Mas nem sempre foi assim...

Eu a chamo pelo sobrenome, Nucci, porque ela é minha chará e durante alguns anos tivemos que conviver com o desparato de ser conhecidas apenas pelo sobrenome por causa da total falta de originalidade de nossos pais, que nos proporcionaram estudar num colégio com simplesmente mais de dez Fernandas na mesma turma. Para ela e todos os outros alunos do Santo Agostinho não sou a Fernandinha, nunca fui a Fê e muito menos a Fernanda. Serei eternamente a Novaes. Eu mereço...

Mas voltando à Nucci, nos nossos áureos 16 anos ela era um dilema na minha vida. Amiga de todas as horas, divertida, um verdadeiro crânio no colégio, me salvou de muitos perrengues com as provas quase impossíveis de química, física e matemática. Ela foi meu anjo no Santo Agostinho. Sempre entrava de férias muito antes de todo mundo, porque antes de fechar o ano a espertinha já tinha esculachado em todas as matérias. O problema da Nucci definitivamente não eram os estudos. Eram as nights.

Época de W, Studio 54, Méli Mélo, Prelude, Dado Bier e por aí vai. A night no Rio de Janeiro bombava, mas nosso sonho de conseguir burlar a lei que veta a presença de menores de 18 anos estava muito longe de ser realizado. Minha casa era uma verdadeira fábrica de identidades adulteradas. Tentamos de tudo. Minha mãe também se empenhou no desafio. Todas nós nos reuníamos no meu quarto e começavam mil tentativas de fazer a carteira perfeita para conseguir entrar nas boates.

Xerox atrás de xerox, scanner à rodo, impressoras coloridas de alta resolução, tesoura, cola, agulhas para a simulação dos malditos furinhos que marcavam a foto, tudo. Empenho não faltou. A cada final de semana tentávamos uma nova alternativa mais aprimorada de falsificação. Até que finalmente conseguimos nos profissionalizar como falsificadoras de documentos. Era a hora de tentar entrar nas festas.

A W era a mais tranquila. O segurança gostava da gente. Mas a Méli Mélo era um grande desafio. Eu entrava, a Deborah também, a Bruna não precisava nem mostrar identidade, mas a Nucci... Pequenininha daquele jeito, não enganava ninguém, sempre era barrada e pronto, fim de noite. Como todo mundo era amiga solidária, dávamos todas a meia volta da derrota direto pra casa, sem o gostinho de nem ouvir o começo da música que bombava lá dentro. Sem falar na humilhação de ser obrigadas a voltar, passando por toda aquela fila enorme (cheia de gatinhos), dando atestado de pirralhas barradas.

Só que a verdade é que os seguranças não sabiam que estavam barrando da festa uma menina baixinha, mas um furacão de mulher. Era um verdadeiro desperdício deixá-la de fora. Não davam a oportunidade dos gatinhos da fila sentirem o poder da fragância.

Agora ela está fazendo 28 anos e até hoje ainda se incomoda com as dúvidas sobre sua idade. Mas como dizia minha mãe: "um dia vocês todas vão ter 40 anos e ela vai tirar onda de 20 aninhos". Eu ria e agora me dou conta de que era a mais pura verdade. Em breve vou precisar dessa fragância.

Barradas no baile: Novaes, Nucci e Deborah


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ser magra ou ser feliz?

Uma vez ouvi da boca de Deborah Secco essa ilustre frase, parei pra pensar e não é que fez todo o sentido? Só as pessoas felizes sabem o prazer de devorar uma caixa de Bis, chutar o balde no Outback ou beber litros e litros de chopp sem a famosa culpa da barriga. Saber degustar cada segundo desses momentos incríveis é para poucos porque é uma difícil escolha, aliás é um dilema bem atual na minha vida.

Vamos combinar que começo de namoro é um grande motivador para o aumento de obesos em potencial no mundo. E para o fracasso do meu projeto verão, é exatamente nesse momento em que me encontro. Jantar dia sim e dia não, cafés-da-manhã românticos e engordativos no Talho Capixaba, DVD com pizza e por aí vai... E por falar nessa oitava maravilha do mundo - a pizza -, dois meses de namoro foram suficientes para despertar meu desejo incontrolável por essa bomba de gordura. 

Desde que conheci meu namorado, toda terça-feira à noite, quando chego cansada e esfomeada do trabalho, enfrento a infeliz coincidência de ter que subir no elevador junto com o entregador da Domino's. Para os magrinhos de plantão que não sabem ainda, terça-feira é o maldito dia da pizza dupla. E mesmo quando eu consigo a sorte de não encontrá-lo, a Lei de Murph não me alivia porque ao abrir a porta do elevador já sei de cara que o entregador já passou por ali. A pizza é capaz de impregnar todo o elevador pelo resto do dia com aquele cheiro profundamente envolvente, hipnotizante e até ensurdecedor (todos os sentidos são invariavelmente afetados) e mesmo sem a presença física do motoqueiro do mal, você fica à mercê da Domino's, totalmente entregue e refém. Impossível chegar em casa e não sair correndo atrás do telefone para  fazer o pedido e matar de vez esse desejo dos infernos.

Pois bem, é assim que a Fernandinha aqui está virando Fernandona. Não faço mais dieta, me afogo em guloseimas como se não houvesse amanhã, não nego mais nenhum biscoito oferecido estrategicamente no meio da tarde no trabalho, aproveito até o fim todos os jantares com o namorado e no fim das contas, não sou mais magra. Mas garanto que estou muito feliz.

Ela definitivamente não é feliz

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Desabafo

Confesso que ontem fiquei com um certo medinho de publicar um post questionando a dignidade do deputado Marcelo Freixo. Afinal, política não é um tema muito bem-vindo em espaços abertos para diferentes tipos de pessoas, principalmente quando se trata de uma figura com forte apelo popular e carisma como o tal. Mas não me contive. Para mim foi tão absurdo ver manifestações ingênuas no facebook e na própria imprensa sobre o "exílio" do deputado, que tive que botar a boca no trombone e tentar alertar meus jovens amigos para a realidade do fato.

Mas ao contrário do que pensei, não recebi nenhuma objeção ao meu post e apenas um comentário favorável. Nada do que eu disse teve a menor repercussão e hoje já vi algumas pessoas no facebook confirmando presença em evento de apoio ao deputado. Sei que o blog ainda está bem no início e que o acesso não é lá grande coisa, além disso ainda conto com o fator desinteresse, porque nem todo mundo realmente quer saber o que eu, uma mera jornalista indecisa, ambígua muitas vezes e problemática, tem a dizer. Mas espero com o passar do tempo e experiência conseguir puxar algum tipo de discussão que valha a pena para os meus leitores. Longe de mim querer influenciar alguém com esse blog, mas será que as pessoas que leram o post simplesmente discordam e por isso, se calaram ou apenas há um enorme desinteresse pelo tema?

É apenas um desabafo. Juro que no próximo post pulo o momento reclamona e escrevo alguma coisa mais interessante. Então, não desistam de mim! Tem muito mais dilemas pela frente.