Arlindo Cruz, Alcione, Beth Carvalho, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e muitos outros. Hoje é o dia deles, Dia Nacional do Samba. Acho muito legal, mas sinceramente isso não me empolga muito não. Só de pensar que o carnaval já está por perto, entro em pânico. Vou explicar o porquê e garanto: meus argumentos são bem convincentes ou no mínimo, aceitáveis.
O problema central é que o samba está diretamente ligado a suor e a partir disso toda a problemática vai se desmembrando. O suor pressupõe pessoas grudadas numa esfregação coletiva. Os foliões remetem a cheiro de xixi com cerveja. Por sua vez, a cerveja leva à incrível sensação de pés molhados de bebida derramada e portanto, imundos. E tudo isso junto está diretamente ligado ao meu pânico de carnaval.
Admiro a história do samba, os compositores, a felicidade do povo e os desfiles da Sapucaí, mas para gostar realmente de toda essa confusão tem que estar com o pote muito cheio. Até porque para "deixar a vida me levar", só estando mais pra lá do que pra cá.
Quer curtir o carnaval? Prepare os pés para serem pisoteados, finja que é legal se molhar com arminha de água e improvise um embromation para tirar uma onda de que sabe cantar as músicas. Como são todas meio iguais, é fácil embromar. Nada que um ôôô não resolva.
Não estou falando tudo isso "só pra contrariar". É a mais pura verdade. Então nem vem que não tem! Não acredito que exista alguém que goste disso, mas poucos admitem, afinal esse é o país do samba, faz parte da nossa pátria! Mas pode ter certeza: se não fosse o álcool, não existiria carnaval. E salve salve a Ambev!
Imagina que delícia deve estar ali no meio da muvuca! Detalhe para a barraca da Antártica no fundo. O que seria do samba sem a cerveja? |