Minha estreia em situações constrangedoras deste mês começou no último sábado quando fui a um evento super bacana de arte e música chamado Tocayo. A noite tinha tudo para ser tranquila e alegre, já que vários amigos estariam presentes. E tudo corria muito bem, até que cerveja vai, cerveja vem e o clima de doideira começou a se instalar.
Numa roda de amigos eu conversava tranquilamente, quando um rapaz até então desconhecido para mim, interrompe bruscamente o papo e vem com tudo em minha direção, como se não me visse há séculos e tivesse muita intimidade "comigo" porque por mais surreal que pareça, ele estava pronto para me tascar um beijo. Meu namorado estava na roda e é amigo do dito cujo. A Mary, minha melhor amiga, era mais uma que estava nesse incrível momento e também o conhecia.
Tudo pareceu ocorrer literalmente em câmera lenta. Com os braços abertos, preparados para AQUELE abraço de urso, ele me olhou me confundindo lindamente com alguém por quem sem dúvida, tem muuuuuuiiiito carinho e disse: vocêêêêêêê!!! Assustada mas ainda consciente de que era apenas uma pequena confusão, tentei avisá-lo que não, não nos conhecíamos, não era eu quem ele estava pensando, não queria abraçá-lo. Ainda estava em tempo de evitar uma situação realmente constrangedora.
Eu sou uma dessas pessoas que sente vergonha alheia, então eu sabia que quanto mais estardalhaço ele fizesse, maior seria o mal estar depois e portanto, mais inevitável seria a minha vergonha alheia. Mas não teve jeito... Ele veio, me abraçou, e falou ao pé do meu ouvido: para com isso... Claro que você me conhece! Você não é amiga da Emily?
A essa altura, já quase convencida de que nos conhecíamos sim e que fui traída pela minha incompetente memória, cheguei a abraçá-lo também, enquanto meu namorado acompanhava cada gesto e tentava fazê-lo parar. Mas até ele desistiu e fechou os olhos para não ver seu amigo agarrar sua própria namorada totalmente por engano. A Mary também tentou intervir, mas diante da certeza absoluta do rapaz, paralisou.
Só que tudo mudou quando ele falou da Emily! E isso foi perfeito, porque não conheço e nem nunca ouvi falar de ninguém com esse nome e portanto, foi a única forma dele entender que "eu" não era "eu". Ao se dar conta de que realmente se confundiu, só lhe restou mil pedidos de desculpas e bochechas totalmente rosadas. Todos finalmente caíram na gargalhada e eu respirei aliviada. Foi aí que o namorado aproveitou a deixa para fechar com chave de ouro a situação constrangedora, avisando-o que além de eu não ser a amiga da Emily, ainda por cima era a sua namorada.
No fim das contas, ele já estava me implorando perdão e eu totalmente inebriada pela vergonha alheia, me vi retribuindo suas desculpas com MEUS pedidos de desculpas. Isso mesmo! Eu mesma acabei me desculpando só porque o vi constrangido. Quer dizer, como se já não bastasse a minha timidez, ainda sinto vergonha pelos outros! Eu sei, é um absurdo, mas esse é o poder da vergonha alheia.
Tudo pareceu ocorrer literalmente em câmera lenta. Com os braços abertos, preparados para AQUELE abraço de urso, ele me olhou me confundindo lindamente com alguém por quem sem dúvida, tem muuuuuuiiiito carinho e disse: vocêêêêêêê!!! Assustada mas ainda consciente de que era apenas uma pequena confusão, tentei avisá-lo que não, não nos conhecíamos, não era eu quem ele estava pensando, não queria abraçá-lo. Ainda estava em tempo de evitar uma situação realmente constrangedora.
Eu sou uma dessas pessoas que sente vergonha alheia, então eu sabia que quanto mais estardalhaço ele fizesse, maior seria o mal estar depois e portanto, mais inevitável seria a minha vergonha alheia. Mas não teve jeito... Ele veio, me abraçou, e falou ao pé do meu ouvido: para com isso... Claro que você me conhece! Você não é amiga da Emily?
A essa altura, já quase convencida de que nos conhecíamos sim e que fui traída pela minha incompetente memória, cheguei a abraçá-lo também, enquanto meu namorado acompanhava cada gesto e tentava fazê-lo parar. Mas até ele desistiu e fechou os olhos para não ver seu amigo agarrar sua própria namorada totalmente por engano. A Mary também tentou intervir, mas diante da certeza absoluta do rapaz, paralisou.
Só que tudo mudou quando ele falou da Emily! E isso foi perfeito, porque não conheço e nem nunca ouvi falar de ninguém com esse nome e portanto, foi a única forma dele entender que "eu" não era "eu". Ao se dar conta de que realmente se confundiu, só lhe restou mil pedidos de desculpas e bochechas totalmente rosadas. Todos finalmente caíram na gargalhada e eu respirei aliviada. Foi aí que o namorado aproveitou a deixa para fechar com chave de ouro a situação constrangedora, avisando-o que além de eu não ser a amiga da Emily, ainda por cima era a sua namorada.
No fim das contas, ele já estava me implorando perdão e eu totalmente inebriada pela vergonha alheia, me vi retribuindo suas desculpas com MEUS pedidos de desculpas. Isso mesmo! Eu mesma acabei me desculpando só porque o vi constrangido. Quer dizer, como se já não bastasse a minha timidez, ainda sinto vergonha pelos outros! Eu sei, é um absurdo, mas esse é o poder da vergonha alheia.