Nesse fim de semana assisti ao filme Paraísos Artificiais. Fui cheia de expectativa de tanto ouvir falar maravilhas do filme. Vê se pode, até o bonequinho do Globo estava batendo palma! Aliás, não sei bem se isso é um bom ou mau sinal porque esse bonequinho tem um gosto muito duvidoso. Geralmente decido se vou assistir a um filme depois de conferir a reação dele: se ele gostou, já sei que é uma droga a não ser em casos de unanimidade porque ninguém consegue ser sempre tão do contra assim. Foi o caso de Paraísos Artificiais.
O diretor Marcos Prado realmente merece aplausos. A fotografia do filme já fala por si só. A trilha é sensacional. A atuação dos personagens não deixa a desejar e o roteiro é muito bem construído e fiel ao mundo real das raves e drogas. Aliás, se for possível definir o filme em uma única palavra seria realidade. As cenas são tão reais que chocam o público, nos faz engasgar, engolir a seco. Tenho certeza de que muitas pessoas vão sair do filme extrememante incomodadas, mas acho que essa é exatamente a intenção do diretor.
Os paraísos são artificiais, mas acima de tudo são muito reais. Minha sugestão: engula bem a saliva, abra a cabeça e assista ao filme porque os aplausos fazem qualquer bonequinho antipático se render finalmente ao cinema brasileiro.