sexta-feira, 22 de junho de 2012

The Big Boss



Certas coisas na vida não têm meio termo. Não adianta. Por exemplo, não existe meio gay. Ou é ou não é. Outro dia conversando com um amigo, tentei descobrir se ele era realmente gay. Algo me dizia que aquela Fanta tinha um quê de Coca-Cola. É lógico que não usei meus recursos de sedução, até porque nesse caso nem ele resistiria (ahamm, sei...). Então, por meio de argumentos muito sólidos tentei mostrar a ele como as mulheres são digamos assim, interessantes. Não que eu seja lésbica (para isso também não tem meio termo), mas se eu ficar cara a cara com uma Eva Mendes da vida, não sei não. No mínimo, beijaria o chão que ela pisa.

Mas voltando ao meu amigo, depois de muito blá blá blá totalmente em vão, ele me olhou e disse: "Fê, não adianta. Sou gay". Tive que aceitar porque realmente gosto não se discute, apesar de compartilhar do mesmo que o dele. Afinal, no fundo no fundo, entendo a proliferação de homens saindo do armário. As mulheres são muito chatas, repetitivas, cansativas e impregnadas de paranóias, dívidas com cartões de crédito e TPMs. Ou seja, realmente, é tempo perdido investir numa mulher. Roubada na certa, mesmo que seja a incrível, exuberante e magnânima Eva Mendes.

O lance é que com homem não tem lero lero, é preto no branco, branco no preto, sem frufru e frescurite aguda. Um puxão de cabelo a la Javier Bardem em Vicky Cristina Barcelona já desmancha qualquer uma, ou no caso, um. Você que assistiu a essa obra prima do Woody Allen deve ter percebido que mesmo entre três deusas aparentemente irresistíveis, a vida do bonitão se tornou um inferno em vida ao ter que lidar com pelo menos duas delas, aliás as melhores: Penélope e Scarlet. Tudo bem que uma era completamente ensandecida e a outra era instável e emotiva demais, quase bipolar. Mas qual mulher não tem um pouco dessas duas personalidades? As que não têm são no mínimo uma mosca morta com cara de bunda e nem deveriam frequentar esse blog porque isso aqui é um lugar de pessoas com o mínimo de dilemas, portanto com expressão e opiniões.

Javier é o mestre dos machos alfa. O líder do líder. The big boss. E olha só, para variar já estou eu aqui de lero lero em vez de ir direto à questããã que tanto me instiga hoje. O cara é o cara por um simples e único motivo: ele surpreende. De primeira já oferece uma viagem interessante, imprevisível e claro, inegável. Como a vida é muito curta, mas só os espertos sabem disso, as duas sortudas não conseguem negar e se entregam ao charme daquele Don Juan.

Um homem que sabe surpreender e ainda usa de subterfúgios bem mal intecionados, diga-se de passagem, como oferecer um bom vinho tinto e um papo recheado de conteúdo, preferencialmente sobre algumas das sete artes do mundo, este é o big boss. O homem que qualquer sexo quer chamar de seu. Acredito que é por causa desses big boss da vida que surgem os gays. Um mito da masculinidade capaz de fazer com que muitos saiam do armário e definam para o resto de suas vidas, assim como meu amigo: eu sou gay!

Meu dilema com relação a homossexuais acaba de se esvaziar. Enquanto os Javiers existirem, o mundo realmente será gay e apesar disso acirrar ainda mais a concorrência com as mulheres, tenho que admitir que no mínimo, bom gosto eles têm. E não me julgue paraíba, mas Fanta é bem melhor que Coca-Cola.

Até Penélope teve que agarrar o big boss pelo pescoço