Ele falou que não gostava de arte e que música clássica lembrava Tom e Jerry. Ele tirava onda de valentão, mas esperneou de medo ao voar de parapente. Ele ria dos outros mas chorava de si mesmo. Embarquei em cada vírgula do roteiro e me vi rindo e chorando também, junto com ele. Uma overdose de sentimentos, de música de qualidade, de histórias de verdade, de lição de vida e ensinamentos. "Intocáveis" é definitivamente uma obra-prima, um exemplo de cinema, que muito ao contrário do próprio nome, toca sim e toca lá no fundo, de forma inesperada e gostosa.
Aproveite. É bonito de se ver e sentir. Não é 3D, não tem mil efeitos especiais, mas a experiência sensorial que os "Intocáveis" permite ao público é um verdadeiro presente. Uma história que poderia ser muito triste, mas quebra paradigmas e nos faz morrer de rir, sem deixar em nenhum momento a emoção de lado. É uma combinação perfeita e tão sutil que entramos numa montanha-russa de sentimentos, fluindo da graça às lágrimas de forma tão natural e delicada, que só nos resta usufruir.
A lição que fica é simples, mas genial: ria mais de si próprio. Na nossa rotina escrachada acabamos esquecendo do sábio conselho. Mas não apenas por isso e sim por toda a trama em si, é um filme digno de oscar. E se não conseguir ganhar, vou chorar sim. E depois com certeza, sorrir.