sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Amar ou jogar?


Mas vem pra cá, mas vai pra lá.. Má oooiiiii! Não, isso não é o programa do Sílvio Santos. Acredite se quiser, mas isso é mais ou menos o que acontece nos affairs que a minha geração arruma por aí. É um tal de liga, não liga; vê, mas não olha; agarra, mas não abraça; dá trela, mas não conversa; dá bola, mas isola; tamo junto hoje, fim de semana quem sabe, vai depender das mensagens no Whatsapp. Má oooiiii??? Como é que é??? Assim que é, tipo pegadinha do malandro mesmo.

A hipotenusa do cateto do triângulo elevada ao seno da raiz quadrada do coseno é igual ao meu entendimento dos relacionamentos atuais. Ou seja, zero. Se nas gerações anteriores já era difícil apenas querer dar as mãos, por que diabos hoje em dia que já quebramos tantos pudores, homens e mulheres têm que ficar fingindo que um dia estão a fim mas no outro não? Essa dúvida é tão exata quanto matemática. Não entra na minha cabeça.

Juro pra você que é super natural querer ficar com outra pessoa, não é nenhum bicho de sete cabeças, então livre-se dessa trigonometria insensata que transformamos o amor. Some logo todos os pontos positivos, subtraia os negativos e multiplique os beijinhos e carinhos. Não há Einstein que depois consiga descomplicar o nó que você já criou com essa mania de fazer joguinho. Jogo de verdade é aquele em que os dois vencem, sem escanteio, drible, muito menos falta. É presença, corpo e alma. Cheio de verdade e desejo assumido. Vai ver se a torcida gosta de time sem raça! Não! Tem que ter vontade mesmo, sem medo de mostrar que realmente quer.

A geração do blefe perde um amor, mas não abre mão do ego. É um jogo interminável de pôquer, em que só importa seu bolso, sua sorte e azar aos outros. Quem quer dinheiro, Sílvio Santos? Na verdade, estou mais com o Tim Maia porque afinal, quero amor sincero, isto é o que eu espero, eu só quero amar.