Se dizem que vivemos em um mundo cão, por que não mudar essa perspectiva para uma dimensão mais positiva? Você pode até não gostar de cachorros (acho um pouco absurdo, admito), mas é fato inegável que um cão é a tradução mais completa do que é felicidade. No coração canino só cabe amor, diversão e gula. Huuummmm, que delícia! Esse coração é pleno, é profundo sem limites, não guarda rancor e nem perde tempo com orgulho. É simplesmente a entrega espiritual mais pura que há. Com esse novo olhar, nosso mundinho se enche de alegria só de alguém vir nos visitar. É o lar do amor e da felicidade e se há dificuldades (sempre haverá), vou uivar meus sentimentos, rosnar até eliminar as impurezas e me jogar no primeiro abraço verdadeiro que me oferecerem para guardar no mimo caloroso de um colo o aprendizado que tirei com mais um obstáculo vencido. Ah como eu gosto de um colo... É como dar as mãos de maneira mais completa, uma troca de energia que me alimenta com tanto prazer quanto me deliciar com um filé mignon bem macio e generoso.
Não sou contra o sistema, mas os cães são anti-capitalistas em sua essência. Tudo bem que como seres racionais precisamos de algum caminho com regras senão ninguém sobreviveria, mas desconhecer a existência de uma moeda que só promove o culto ao poder, é maravilhoso. Eles ignoram o valor em dinheiro, reconhecendo apenas o valor infinito das nossas ferramentas mais puras e o melhor, gratuitas. Quais são elas? Sorrir, gargalhar, amar. Tem algo mais contagiante do que uma boa gargalhada? Ta aí uma moeda de troca que o mais humilde dos pobres também usufrui. Muito democrático, não? Pois é, o mundo cão é a democracia da alegria, falta apenas você se permitir contagiar por ela. Dito isso, aí vai um pedido: mais sorriso por favor!