Após degustar uma variedade incalculável de suor alheio, ela ensaiou um bate-papo com a companheira de bloco, mas o terceiro latão de Antártica parece ter embrulhado suas palavras. No vai e vem da multidão, uma mão peluda e colenta a agarrou com determinação pela cintura interrompendo qualquer início de conversa. É que o capitão gancho, ironicamente se encantou por sua meiga fantasia de sininho. Logo se engancharam. O rala e rola que a muvuca proporcionava deu um empurrãozinho, literalmente, para ela desencalhar, aleluia!
Aquele mix de saliva com resto de álcool banhado em suor deu um gostinho todo especial ao beijo. A química estava tão boa que ela nem reparou no capitão já mirando de rabo de olho a abelhinha faceira que vinha toda serelepe ali atrás. Salvo pelo gongo! Antes da colmeia partir, o celular da meiga sininho vibrou. Foi só o tempo de checar o WhatsApp para o malandreco se enganchar com seu novo alvo.
Apesar de tantas adversidades, seus olhos brilharam, isso porque acabara de receber a tão esperada resposta sobre o camarote bafônico da Sapucaí. Depois de todo um trabalho de convencimento e uma dose de pressão psicológica, seu amigo que é conhecido da prima do promoter do camarote quebrou um super galho e disse que tentaria uma possibilidade de incluir seu nome na grande festa. Tudo bem que o credenciamento para "vipar" na passarela do samba parece mais a imigração dos Estados Unidos, mas como estamos no berço da malandragem, para qualquer eventualidade há sempre um jeitinho. Agora sim ela estava pronta para comemorar!
Hora de abastecer o fígado, iiiiiii lá vem aquele chato com pistola de água. É bom para aliviar o calor, grita o mineirinho cheio de graça. Ela respira fundo e avista o gatinho da Barra comprando vodca lá no Zona Sul. É a salvação! Traça uma reta e vai.
- E aí, Marquinhos, não vai pro bloco?
- Vou nada... Tá rolando uma pré na cobertura de um camarada e depois geral vai chegar lá no camarote da Sapucaí.
- Opa! Você conseguiu?
- Claro né, gata... Só to bolado porque não vou poder ir nas campeãs...
- Ah, logo no melhor dia! Mas por quê?
- Punta del Este me espera, gata... Sabe como é né, não tem como passar um carnaval sem ser no Conrad.
Os amigos do condomínio Santa Mônica se entreolharam orgulhosos até que um deles questionou: Grey Goose mesmo ou essa Ciroc aqui boladona? A Ciroc tá playssom heim! Chegar lá na cob do Xande, como né? Tirando maior onda, moleeeeeeque!
De fininho ela se manda com sua modesta Antártica em mãos e faz uma breve reflexão: voltar ou não para o bloco? Sua companheira a essa altura fatalmente virou patê no mar de gente que se amontoava na Dias Ferreira. Os seguranças do Sushi Leblon já orquestravam uma força-tarefa para proteger os clientes dos perigos do mundo lá fora. Enquanto isso, as dondocas no restaurante discutiam se paravam ou não de usar Adidas depois da marca ter feito uma alusão do Brasil às popozudas de fio-dental, um verdadeiro absurdo!
A poucos metros dali, sininho esbravejava em meio a uma legião de boazudas desfilando seus dotes traseiros e bombados seminus flertando entre si. Era mesmo o apocalipse. Ela nunca desejou tanto se tornar uma daquelas dondocas desprezíveis. Seria bem menos sacrificante estar polemizando sobre a Adidas entre um gole e outro de saquê com flocos de ouro do que ser massacrada por bundas, músculos e ambulantes. Aliás, até a Ciroc boladona do Marquinhos seria menos humilhante.
Entre cotoveladas e bundadas, ela aterrissou sobrevivente na única esquina ainda sociável de todo o Leblon. Suspirou aliviada até que um Audi super tunado estacionou na sua frente. "E aí gata, partiu Sapucaí?". Lá se foi sininho feliz e desprezível bebendo uma garrafa de Ciroc nos braços de Marquinhos. Seu camarote agora estava garantido. Ah o Carnaval...
Hora de abastecer o fígado, iiiiiii lá vem aquele chato com pistola de água. É bom para aliviar o calor, grita o mineirinho cheio de graça. Ela respira fundo e avista o gatinho da Barra comprando vodca lá no Zona Sul. É a salvação! Traça uma reta e vai.
- E aí, Marquinhos, não vai pro bloco?
- Vou nada... Tá rolando uma pré na cobertura de um camarada e depois geral vai chegar lá no camarote da Sapucaí.
- Opa! Você conseguiu?
- Claro né, gata... Só to bolado porque não vou poder ir nas campeãs...
- Ah, logo no melhor dia! Mas por quê?
- Punta del Este me espera, gata... Sabe como é né, não tem como passar um carnaval sem ser no Conrad.
Os amigos do condomínio Santa Mônica se entreolharam orgulhosos até que um deles questionou: Grey Goose mesmo ou essa Ciroc aqui boladona? A Ciroc tá playssom heim! Chegar lá na cob do Xande, como né? Tirando maior onda, moleeeeeeque!
De fininho ela se manda com sua modesta Antártica em mãos e faz uma breve reflexão: voltar ou não para o bloco? Sua companheira a essa altura fatalmente virou patê no mar de gente que se amontoava na Dias Ferreira. Os seguranças do Sushi Leblon já orquestravam uma força-tarefa para proteger os clientes dos perigos do mundo lá fora. Enquanto isso, as dondocas no restaurante discutiam se paravam ou não de usar Adidas depois da marca ter feito uma alusão do Brasil às popozudas de fio-dental, um verdadeiro absurdo!
A poucos metros dali, sininho esbravejava em meio a uma legião de boazudas desfilando seus dotes traseiros e bombados seminus flertando entre si. Era mesmo o apocalipse. Ela nunca desejou tanto se tornar uma daquelas dondocas desprezíveis. Seria bem menos sacrificante estar polemizando sobre a Adidas entre um gole e outro de saquê com flocos de ouro do que ser massacrada por bundas, músculos e ambulantes. Aliás, até a Ciroc boladona do Marquinhos seria menos humilhante.
Entre cotoveladas e bundadas, ela aterrissou sobrevivente na única esquina ainda sociável de todo o Leblon. Suspirou aliviada até que um Audi super tunado estacionou na sua frente. "E aí gata, partiu Sapucaí?". Lá se foi sininho feliz e desprezível bebendo uma garrafa de Ciroc nos braços de Marquinhos. Seu camarote agora estava garantido. Ah o Carnaval...